quarta-feira, 14 de abril de 2010

A desagradável sensação do segundo plano


Eu sempre digo que é a última vez que me sentirei assim, que darei importância para atrasos, esquecimentos, pouco caso, escolhas que não me incluem.

Mas me traí. Traí minha razão novamente e me importei. Mas quer saber? Não vou me sentir culpada mais uma vez por querer ser amada, por querer ser importante e necessária para alguém . Claro que damos atenção, carinho, amor, por que queremos e não deveríamos querer nada em troca... Mas poxa, um reconhecimentozinho às vezes faz bem, ok?!

Sei que sou uma libriana independente e que é legal ter um tempo para si, para organizar as idéias e “se curtir”, mas hoje eu acordei com vontade de me sentir querida. E não fui.

Liguei, abstraindo o bolo do dia anterior, convidando para almoçar. Toda feliz, relevando mais uma vez qualquer descaso que possa ter ocorrido e, depois de ter recebido um: “vou ver, depois te ligo”, perdi até a fome. Mesmo assim esperei pela tal ligação, ela não veio.

Aí assumi o personagem de fim de semana com chuva, ou seja, me permiti usar aquela calcinha enorme, super confortável (com estampa de galinha), aquela calça larga, aquele casaquinho de vovó e assisti a um filme desses “água com açúcar” que há séculos não conseguia terminar. É, fase final da TPM, fora de namorado e chuva: perfeito.

Às vezes acho que me dôo demais para as coisas, porque não é possível que as pessoas sejam tão desligadas para com as outras assim! Helloooooo!!!! Se uma mulher diz: “Nossa, me disseram que esse filme é legal!”, não precisa de legenda, né?! Óbvio que há um convite explícito aí! Será que a gente tem que ensinar tudo?

Quando que estes “meninos” vão entender que elogiar não dói (e é necessário), que “Jogos mortais” nem sempre é a melhor escolha para se ver a dois, que ser gentil não mata e que sinceridade demais (principalmente se relacionada aos nossos defeitos) é totalmente desnecessária?!

Ah! E outra: os programas dos amigos parecem ser sempre mais atrativos. Pronto, to puta! Puta por saber que o ser em questão não merece um segundo sequer de minha indignação, mas mesmo assim o tem!

Eu sou uma farsa! Finjo ser delicadinha, compreensiva, mas não sou! Guardo tudo! Cada palavra dita de forma mais fria, cada dia que fiquei plantada esperando, cada descaso, enfim, faço um portfólio de furos e em um determinado momento (e eu sei que ele vai chegar) eu jogo tudo na cara. Não que eu ache isso bonito, mas é fato!

Quando esta situação de “segundo plano” se prolonga, eu acabo perdendo o senso de humor e, de repente o de moral também, acabo dando aquelas alfinetadas, sabe?! Do tipo: “Pois é, é gostoso sentir ciúmes, né? É bom ficar na pele do outro, agora você sabe o que eu senti quando você deu espaço para aquela biscate disfarçada de patricinha”.

Na real, acho que não tenho mais saco para amores medíocres, amo demais, gosto de tá junto, de ter parceria. Não que eu pense que uma relação tem que ser aquela coisa grudenta, que faz com que a vida “extra-casa” se acabe e que as pessoas percam seus amigos, pois não conseguem ficar em uma rodinha de bar sem ficar com aquele nhé nhé nhé, mas uma relação que se espere um algo mais, que tenha “futuro”como diz a minha mãe. Uma relação realmente a dois: duas vidas, um amor, várias escolhas, muitos amigos, muita risada, muita compreensão, conchinha, vontade de se ver, carinho e CONSIDERAÇÂO!!!!

É, que acho que cansei de ser a “sessão da tarde”... Tá na hora de ser o “Horário nobre”.

1 comentários:

Simone disse...

Amada...

Vou por aqui uma frase do meu amigo Gabito:

"Tu merece alguém que abra os olhos diariamente e pense: 'cara, eu tô com ela, eu sou o namorado dela!'."

Não preciso dizer mais nada!!

Bjos

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